Os drive-in podem até quebrar um galho – principalmente quando o caso é a falta de dinheiro – mas são os estabelecimentos mais citados no quesito experiências traumáticas. São vários os motivos: limpeza, tamanho, atendimento e até a acústica são mencionados. “Eu fui naquele Golden Star (avenida Pedro I) e achei horrível. O quarto é minúsculo e nojento, e a acústica é horrível. Parecia que o casal do lado estava no mesmo quarto que a gente”, diz Dorothy*. FT*, que também já freqüentou o local, possui opinião semelhante. “Realmente, os quartos são super pequenos e estranhos, ainda mais se você for naqueles bem mais baratos. Da ultima vez que eu estive lá, tinha uma promoção e eles te davam uma garrafa de vinho. Eu bebi a garrafa toda para conseguir ficar lá”, diz.
Mas não é apenas o Golden Star que tem quartos do tipo “armário”. É o que conta a Michelle*. “Aquele motel Del Rey (anel rodoviário, entre a avenida Carlos Luz e Pedro II) - que mais parece drive-in - é bem ruim. Os quartos são muito pequenos, o teto é muito baixo, o ventilador é péssimo e aí faz muito calor. O banheiro é horroroso também”.
Na questão atendimento, os drive-in também deixaram a desejar. “Não é que eu esteja esperando um serviço cinco estrelas, mas geralmente muito ruim o atendimento nesses lugares. Eu fui uma vez naquele Pit-stop, ali perto do shopping Del Rey, estacionei o carro lá dentro e fechei a cortina. De repente o cara do drive-in entra na cabine, com a maior naturalidade, coloca o lençol na cama e sai. E se a gente estivesse fazendo alguma coisa? A menina que estava comigo ficou muito constrangida”, conta Francisco*.
A limpeza, ponto importantíssimo tanto para motéis quanto para os drive-in, é outro ponto bastante citado pelos freqüentadores. “Não adianta, drive-in não é um lugar bonito e tem ar de sujo. Eu duvido que as pessoas que trabalham nesses lugares realmente se empenham em lavar bem os lençóis, os colchões, o chão”, diz Maxi. Para Loira Fatal*, um dos piores é o Drive-in Pampulha (avenida Antonio Carlos). “O local é abafado, os ‘colchões’ são duros e a higiene não é lá essas coisas”.
Mas está enganado quem acha que o problema com a higiene acontece só nos drive-in. “Eu fui no Snob (BR 040) uma vez e o quarto era muito esquisito. Muito velho e o lençol amarelado, com cara de muito sujo. Não agüentei ficar lá nem um segundo”, diz Lady Gaga*. Seu companheiro de rodovia, o motel Hollyday também não ficou entre os mais limpinhos. É o que conta Sasha Grey*. “Eu fui em um dos mais baratos, então não sei como são as coisas nos mais caros. Mas nesse quarto, os móveis eram muito velhos e na hora que ligamos o ar condicionado veio aquele cheiro de mofo. As paredes também estavam um pouco mofadas. Também, o que podíamos esperar de um motel de tem aquela decoração na fachada?”. Para Mestre*, o pior é o Motel Marx (Rua Bernardo Guimarães, 1313). “Os quartos são pequenos e sujos, com cheiro de cigarro, sem tv e ar condicionado. Só fiquei porque o tesão tava demais”, explica.
Se não ter ar condicionado é um problema, a localização dele também pode atrapalhar. É o que conta Pedófila. “Um que eu acho 'meia-boca' é o Trevo (Avenida José Cândido da Silveira). Achei ele mal conservado na área externa o posicionamento do ar-condicionado era péssimo. Ficava bem do lado da cama e fazia muito barulho”.
E como tudo na vida – inclusive motel – é uma questão de gosto, alguns que foram eleitos melhores, podem aparecer com notas ruins aqui. “Também tive uma experiência 'traumática' no Forest Hills. Ele até possui suítes boas, mas fui em uma que tinha móveis e carpetes muito velhos.”, diz Pedófila. “Acho que por ser um motel muito antigo, você corre o risco de pegar quartos muito velhos, com a decoração feia e gasta. Tem que dar sorte”, diz.