Conversas com as amigas acabam rendendo ótimos temas pros meus posts. O de hoje, por exemplo, surgiu há umas três semanas atrás, durante um lanche de domingo com direito a bolo de chocolate.
Como sempre, o assunto chegou aos relacionamentos e uma delas contou a seguinte história: um ex que ligou tarde da noite de sexta convidando-a para sair. "Pensei muito em você, fiquei morrendo de saudades e queria muito te ver", foi mais ou menos o que ele disse. Ela ficou p. da vida e com razão. Não entendeu? Eu explico.
Tudo bem ex namorados - ou paqueras, peguetes, P.A's ou qualquer outra denominação - terem saudade. Mas ligar em plena sexta, depois das 22h? Das duas uma: ele provavelmente não conseguiu nada melhor para fazer no decorrer do dia ou estava procurando algo para comer (e aqui eu não me refiro ao disk-pizza). Ou as duas coisas: não conseguiu nada melhor pra comer e resolveu ligar pro restaurante de sempre.
Por incrível que parece, o grande problema da história também não foi esse. A reclamação foi de que, se ao menos o cara tivesse sido sincero em seus propósitos - que não podiam ser mais claros, dadas as circunstâncias - a mocinha talvez tivesse aceitado. A gente sabe que existem momentos de carência e necessidade, afinal, também temos os nossos.
Com essa historinha de "pensei em você e senti saudades" a impressão é a de que somos idiotas e caímos em qualquer conversa mole. Óbvio que o cara não precisa ser um babaca e dizer "Aqui, tô precisando aliviar a tensão, anima um motel?". Só acho que às vezes não precisa de todo esse rodeio.
Também não estou falando que as saídas, jantares, idas ao cinema e boas conversas devem ser cortadas só porque se trata de uma relação carnal, digamos assim. Só achamos - eu e algumas outras com quem troquei ideias - que as coisas deviam ser um pouco mais claras - inclusive para evitar certas expectativas. Tenho paqueras que sei como as coisas funcionam. Eles podem verdadeiramente sinceros e eu sei exatamente o que esperar dessa relação.
0 comentários:
Postar um comentário