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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Quando o orgasmo vira uma doença


Você já imaginou como seria sua vida se tivesse 200 orgasmos por dia? Parece ótimo não? Gozar com as mínimas vibrações, como a de um celular ou de um secador de cabelo. Mas, e se isso fosse algo completamente fora de seu controle? Você está no ônibus, indo para o trabalho, e de repente começa a sentir as pernas bambas, a suspirar e a gemer. E todos no lotação, olhando para você.  E se acontecesse em algum tipo de evento, como uma conferência ou entrevista de emprego? Ou em uma visita na casa da sogra? É, acho que não seria tão legal assim. E acredite, acontece.

A Síndrome da Excitação Sexual Persistente começou a ser estudada recentemente e por isso ainda é novidade para muitos, inclusive para médicos. Ao que parece, há poucos casos confirmados (li um no G1, outros na Super Interessante), mas os pesquisadores acreditam que o número deve ser bem maior, já que muitas mulheres não procuram ajuda por medo de serem ridicularizadas. Fiquei pensando se aquele vídeo da mulher no parque não seria também um caso dessa doença...

Pouco se sabe sobre essa condição e não há nenhuma explicação científica satisfatória, tampouco cura para a Síndrome. Alguns acreditam que seja conseqüência de alguma inflamação ou infecção na área pélvica que estimula os nervos do clitóris. Outros pensam que a doença tenha fundo emocional. Segundo a Wikpédia:

“A Síndrome de Excitação Sexual Persistente, mundialmente conhecida pela sigla PSAS (do inglês Persistent Sexual Arousal Syndrome, nome que não é mais utilizado pelos especialistas, que agora usam Persistent Genital Arousal Disorder) causa uma excitação espontânea e persistente nos órgãos genitais, com ou sem orgasmo ou obstrução, sem relação alguma com sentimentos de desejo sexual.” Ainda segundo a enciclopédia, a PSAS não tem nenhuma relação com a hipersexualidade (ou ninfomania, como é mais conhecida). 

Me lembro que o seriado Grey’s Anatomy trouxe um caso da Síndrome em seus episódios. A personagem – Pâmela – tinha vários orgasmos por dia e durante um deles perdeu o controle do carro e acabou sofrendo um acidente. A moça virou motivo de curiosidade e piada ao chegar ao hospital e um dos residentes chega a questionar sua vontade de se curar. Sem muita informação, qualquer um pensaria o mesmo. Mas reparem o quanto é desconcertante quando a personagem sofre um de seus “episódios” na frente do pai (peço desculpas antecipadas, mas só achei o vídeo em inglês). 



O penúltimo diálogo resume bem o quanto essa doença deve ser péssima na vida de qualquer um. Pâmela pergunta à Izzie se ela acha que realmente pode curá-la. A residente pergunta porque ela gostaria de se livrar de algo tão bom. A moça responde: “Eu gosto de sexo como qualquer garota. Mas quando você não pode ir ao cinema, dirigir um carro ou ir à missa com seus pais... Sabe aquele sonho em que você está pelada na escola? Bom, é bem parecido com isso”.  

É triste saber que algo tão bom como o orgasmo pode ser o causador de uma vida tão cheia de privações. E ainda há quem faça piada com isso.

4 comentários:

Anônimo disse...

Caramba! Há alguns meses vi uma reportagem na internet de uma mulher que ganhou autorização no trabalho para "se tocar". Ela tinha entre 40 e 50 orgasmos por dia.

Mas não citou essa síndrome. Que doidera!

Norma Lúcia disse...

Gente, sério? Vou ver se acho isso depois pra colocar aqui!

Rafaela Freitas disse...

Aaaah! Essa notícia da mulher que ganhou na justiça direito de se masturbar é fake http://curiozitty.blogspot.com/2011/04/mulher-que-ganha-na-justica-o-direito.html E muito jornal aí caiu na pegadinha e republicou a matéria fake hahaha

Saulo Vallory disse...

Tudo deve existir na dose certa. Tanto o excesso quanto a carência são ruins. Já diz o ditado, a diferença entre o remédio e o veneno é a dose.

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