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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Erotismo em Paris

 Nada melhor para começar este blog do que com uma lembrança. Lembrança de uma viagem maravilhosa, que me permitiu conhecer diversos lugares.

Um deles foi descoberto ao acaso, enquanto passeávamos pelos arredores do Moulin Rouge em Paris e explorávamos as sexy-shops do Boulevard de Clichy. Nada de novo com relação ao mercado erótico francês. A descoberta estava na porta ao lado, no Musée de L’érotisme (Museu do Erotismo).

Eu sempre quis visitar um Museu do Erotismo. Um lugar onde houvesse peças antigas, pedaços da história do sexo e curiosidades. Quem sabe também algo como o museu inaugurado em Londres.

O Musée de L’érotisme foi inaugurado em 1997 e se divide em exposições permanentes e temporárias. Entre as mostras efetivas, estão as seções de Arte Popular, Arte Sacra, Arte Contemporânea e Maisons Closes.

No andar dedicado Arte Popular, o visitante irá encontrar peças que, segundo o site do museu, “se dedicam ao aspecto recreativo da sexualidade”.

Visitando a seção voltada à Arte Sacra, diversos símbolos mostram a veneração do homem à fertilidade. Ídolos, esculturas, pinturas, máscaras e outros objetos mostram a visão da sexualidade em diversas culturas. Em algumas, o sexo era visto como a razão de todos os males da civilização, enquanto que em outras como uma fonte de equilíbrio entre o corpo e a alma.
O peso do sexo


 A disputa de dois falos pela rainha vagina

A Arte Contemporânea mostra traz, segundo o museu, obras de mais de 150 artistas plásticos que tem o sexo como essência de sua arte.


A seção do Maisons Closes traz um histórico dos bordéis em Paris. Feita por Romi – escritor e jornalista – traz um conjunto de documentos raros, fotos e outras imagens, desde o século XIX ao ano de 1946, quando esses estabelecimentos foram fechados na França. Acho que por toda essa magia que existe em torno da prostituição e da vida boemia antigamente na França – uma espécie de glamour que se reflete na história do próprio bairro onde se localiza o museu e também o Moulin Rouge – essa foi uma parte que me interessou bastante. O problema é que, sem muito tempo para a visita, não pude ler muito dos textos.


Outra coisa que me impressionou bastante no museu foram as peças orientais. Pensando nessa cultura, sempre me vem à cabeça a imagem de um povo sério e fechado. Era engraçado e contraditório ver desenhos com a beleza e a sutilidade do oriente tratando de sexo de uma maneira tão explicita. Já sei agora de onde vieram os hentais.

em cima nao se vê nada; com a ajuda de um espelho podemos ver melhor os detalhes...


Durante a minha visita, a exposição temporária era a Les amants du néant (Os amantes do Vazio), de Jean –Marc Laroche. A mostra trazia vários esqueletos em posições sexuais.


Pensando nessa visita, gostaria de ter tido mais tempo para ver as coisas do museu. Uma boa desculpa para retornar a Paris.

2 comentários:

Rafaela Freitas disse...

Adorei as caveirinhas! hahahaha

Norma Lúcia, boa sorte com seu blog e seu trabalho!

Sâmia disse...

Bacana ver assim vários tratamentos artísticos dados ao sexo - ou não seria ele também uma arte?

En avant, Norma Lúcia!

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