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segunda-feira, 22 de março de 2010

Estudo derruba mitos negativos da pornografia

Segundo a pesquisa, a pornografia não afeta em nada e em alguns casos, pode até melhorar o indivíduo









Foi-se o tempo em que para conseguir assistir algo mais pesado que Emanuelle era preciso entrar naquelas salinhas restritas das videolocadoras ou comprar filmes sem nenhuma garantia de qualidade em bancas de revista. Isso lembra, inclusive, o primeiro pornô que eu vi. Foi exatamente assim: eu e mais algumas amigas pedimos à uma pessoa que passava pela rua que comprasse qualquer revista erótica que viesse com fita. Custamos a convecer alguém e quando finalmente conseguimos, o indivíduo me compra uma fita gay. Imaginem vocês, um bando de “pré adolescentes” de 12 anos assistindo um vídeo pornô gay. Mas não estou aqui para falar dos meus traumas de infância.



Com o advento da internet (como já comentei em outro post) a pornografia está ao alcance de qualquer um, 24 horas por dia. Há aqueles, porém, que alegam que toda essa disponibilidade pode levar a agressões sexuais, estupro, atitudes antissociais e contribuir para a degradação da mulher. Segundo o professor do departamento de anatomia, bioquímica e fisiologia da Universidade do Havaí Milton Diamond, a coisa não é bem assim. De acordo com o pesquisador, a pornografia não afeta em nada e em alguns casos pode até ajudar o indivíduo.



Os estudos revelam que desde que houve a liberação do uso de material pornográfico, os estupros caíram cerca de 30% quando comparados à década de 70. Além disso, estados que apresentam menor utilização de internet, como Utah, nos Estados Unidos, possuem mais casos de agressão sexual que aqueles com uso mais generalizado da web.



Quanto ao fato de os agressores sexuais serem viciados em filmes pornôs, Diamond alega que a maioria dos homens já teve ou tem acesso a produções pornográficas e isso não os torna necessariamente estupradores. Segundo o professor, as pesquisas mostram que os agressores sexuais, mais que outros tipo de delinquentes, tiveram menos acesso a pornografia em sua infância e/ou foram punidos por terem sido flagrados com algum tipo de material adulto. Além disso, um estudo feito na população carcerária norte americana apontou que estupradores e molestadores de crianças usam menos material pornô na vida adulta do que os criminosos não sexuais.



No que se refere à degradação feminina, nenhuma pesquisa conseguiu mostrar que pornografia e atitudes machistas estão interligadas. Ao contrário. De acordo com estudos psicológicos, os usuários de filmes pornôs costumam ser menos machistas do que aqueles que não assistem a esse tipo de filme. Além disso, a indústria pornográfica é uma das poucas que oferece maiores salários às mulheres.



O estudo realizado pelo professor Diamond não pretende ser um defensor da pornografia, mas apenas alertar para o preconceito – baseado em interesses políticos e pessoais – que atinge aqueles que se interessam por esse tipo de “arte”. As pessoas que gostam de filmes e revistas pornôs não devem ser encaradas como depravadas e sem moral. Se fosse assim, o maior site cristão do mundo, o Christianet.com, seria um antro de anormais. Uma pesquisa realizada pelo portal verificou verificou que 50% de seu público masculino e 20% do feminino são viciados em pornografia. E 60% das mulheres das mulheres que responderam ao questionário - boa parte delas freqüentadoras semanais de suas igrejas e por assim dizer, moças de família – lutam diariamente contra as tentações de passear em sites pornográficos.



Para realizar os estudos, Milton Diamond, que também é diretor do Pacific Center for Sex and Society, compilou diversas pesquisas já feitas sobre o comportamento decorrente do hábito de assistir filmes pornôs. Os textos podem ser encontrados no relatório "Pornography, Public Acceptance and Sex Related Crime: A Review",(pornografia, aceitação pública e crimes sexuais: uma revisão), disponível no site da Universidade. As pesquisas foram realizadas em vários países, como EUA, Japão, Dinamarca, Croácia, China, Alemanha, Polônia, entre outros.



Fonte: Terra

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