Não queria fazer um post sobre o Dia
dos Namorados, mas quando se tem um blog sobre sexo e relacionamentos isso é quase uma obrigação. Mesmo assim não queria fazer porque essa data me irrita. Explico.
Não gosto de ficar falando sobre
a comercialização das datas comemorativas. Geralmente esses discursos são
repetitivos, vazios, chatos e extremistas. E no final das contas, todas as datas tem como
pano de fundo o consumo. Mas, no caso do Dia dos Namorados, todo esse excesso de corações
e romantismo que a publicidade espalha por outdoors, comerciais, pontos de ônibus
– e qualquer outro espaço comercializável – mexe um pouco com o ego das pessoas.
E daí surge meu motivo de irritação: os solteirões deprimidos e os anti-dia-namorados.
Os primeiros ficam tristes por
não ter acompanhante no dia 12 de junho e reavaliam toda sua existência em
função de não ter um namorado, como se isso fosse um indicador de sucesso na
vida. A conclusão é quase sempre a mesma: nunca vou desencalhar.
Já o segundo grupo, que é contra a data,
geralmente são solteirões que preferiam estar namorando (ressalte-se bem, eu
disse GERALMENTE). Mas ao invés disso estão no facebook dizendo: 1) o quanto
estão contentes por celebrar o dia dos solteiros numa balada insana (geralmente
citam o carnaval também); 2) como a data é ridícula, afinal você não passa o
dia de finados com um morto; ou 3) o quanto estão felizes sozinhos. Nada contra
os argumentos, mas acredito realmente que quem está numa boa não tem
necessidade nenhuma de ficar falando sobre.
Não é porque não tenho um namorado que o 12 de
junho me irrita. Ele me irrita porque as pessoas que não tem insistem em ficar
dizendo bobagens, ao invés de aproveitar o dia como outro qualquer. Se você
está solteiro, ótimo! Saia com os amigos, tome uma cerveja, pegue alguém – sem que
isso seja uma obrigação porque alguém disse que hoje é o dia dos casais.
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